terça-feira, 26 de maio de 2009

ENFIM, REMANEJADOS


Depois de denúncia e reportagem feita pelo MOVIMENTO ALUNOS UNIDOS, estudantes são transferidos de sala esburacada

Foi com a leitura do aviso afixado na porta da sala de aula Francisco Salles, bloco 4 (veja foto), que os alunos do 1º período do curso de História começaram melhor mais uma semana letiva. Na segunda-feira, 25/5/2009, os estudantes deram adeus à antiga sala de aula, na qual passaram dois meses e meio. Conforme divulgado pelo MOVIMENTO ALUNOS UNIDOS, os alunos estavam em um espaço inadequado para a absorção do conhecimento, dadas as condições do piso, que contava com inúmeros buracos espalhados pelo chão.

Desde que o MOVIMENTO ALUNOS UNIDOS teve conhecimento do problema, procurou as instâncias responsáveis (prefeitura do campus e diretoria-geral) a fim de encontrar solução imediata para a questão. Tanto a primeira, quanto a segunda, asseguraram agilidade na remoção dos alunos, o que foi, de fato, cumprido na noite de ontem, três dias após a primeira reunião entre o MOVIMENTO e a nova diretoria da Faculdade Estácio de Sá – BH (Fes-bh).

Nesse sentido, o MOVIMENTO reforça seu caráter corroborativo para a construção de um espaço acadêmico cada vez melhor para alunos, professores e funcionários. Para tanto, temos contado com a abertura da nova gestão da Fes-bh, que tem se mostrado, em tão pouco tempo, atenta às urgências demandadas por aqueles que compõem a presente instituição. Temos ciência de que passos como esses constituem-se em agentes facilitadores na construção de caminhos mais longos e sustentáveis para todos.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

MOVIMENTO ALUNOS UNIDOS SE REÚNE COM NOVO DIRETOR DA FES-BH


Trinta e cinco, dos 100 novos computadores assegurados para agosto. Obras de revitalização do campus também são previstas pelo novo gestor

Representantes do MOVIMENTO ALUNOS UNIDOS se reuniram na quarta-feira, 20/5/2009, com o novo diretor-geral da Fes-bh, Érico Coelho, a fim de cobrar da instituição os compromissos firmados na reunião anterior, em março. Foi apresentado ao diretor documentos com fotos da precária situação de infraestrutura das dependências do campus Prado, além de depoimentos de alunos em forma de textos, que denotavam a revolta dos estudantes em relação ao assunto. Há menos uma semana no cargo, o novo gestor se mostrou bem inteirado das péssimas condições físicas da organização que foi designado para administrar.

Sobre os equipamentos de informática, Érico fez questão de mostrar ao Movimento os 35 novos computadores adquiridos recentemente pela instituição, além de afirmar a compra de outras 70 máquinas, já aprovadas pela Faculdade. Ele se comprometeu a entregar aos estudantes, em agosto deste ano, os 100 novos equipamentos, nos ‘novos ’laboratórios’.

Em relação à depreciação física das instalações da faculdade, como salas esburacadas, limpeza insuficiente dos banheiros e nas dependências do campus, Érico Coelho apresentou ao Movimento um projeto de revitalização para o prédio, que disse estar em aprovação. Trata-se de um planejamento de engenharia que compreenderá obras de reparo e readequação de ambientes. Ele não informou a data prevista para a aprovação, mas diz acreditar dar início ao trabalho em julho, no período de férias dos alunos. Sobre a sala de aula esburacada, dos colegas da História, (leia matéria no blog) novamente enfatizada pelo MAU, o diretor disse que cobrássemos dele solução imediata. É o que já fizemos hoje, através de um e-mail, em que cobramos uma data para a solução do caso.

Na oportunidade, o MOVIMENTO ALUNOS UNIDOS reiterou sua razão de existir, apresentando ao novo diretor sua identidade de instância de mobilização e articulação democrática pelos (e para) os estudantes da Faculdade Estácio de Sá – BH. Érico se colocou aberto ao diálogo com o Movimento, deixando “suas portas sempre abertas” para os alunos, pela qual entraremos quantas vezes forem necessárias. Até que TODOS os itens da pauta de reivindicações dos alunos sejam integralmente atendidos.

A seguir, “Identidade do Movimento Alunos Unidos”, entregue ao diretor para seu conhecimento:

Quem somos
O Movimento Alunos Unidos é uma instância de mobilização e articulação democrática e plural, composta por estudantes da Faculdade Estácio de Sá – BH, que pretende denunciar, discutir e monitorar os rumos da instituição na qual estudam, com o fim de corroborar para a construção de um espaço acadêmico mais eficiente, democrático e melhor para todos.

A que viemos?
Buscamos estabelecer um canal de diálogo construtivo entre alunos e direção, objetivando a discussão e avaliação de implementos e melhorias na presente Faculdade Estácio de Sá - BH. Através de um trabalho parceiro e justo, em prol de ambiente e ensino de qualidade para todos.

Um breve histórico
O Movimento Alunos Unidos foi concebido em meio às imensas filas de atendimento na secretaria, diante da morosidade no atendimento do setor financeiro, em salas de aula lotadas. É fruto da falta de data shows para aulas expositivas, tanto de professores, quanto para apresentação de trabalhos de alunos. É cria da carência de aparelhos reprodutores de mídia DVD, da contratação de professores mal remunerados. Surgiu nos banheiros sujos, de trincos e torneiras quebradas; com mau cheiro. Nasceu dentro dos laboratórios de informática, em que uma parafernália ultrapassada atrasa os estudantes ao invés de auxiliar na produção do conhecimento da academia. O Movimento Alunos Unidos não foi criado, passou a existir. Resultante do descaso, desrespeito e descomprometimento de uma instituição de ensino que há algum tempo vem se esquecendo de educar-se a si mesma.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

A VERDADE NUA E CRUA


"Desabafo" enviado ao MOVIMENTO ALUNOS UNIDOS pela colega, Daniela Costa, e publicado na íntegra pelo MAU

Os alunos da Faculdade Estácio de Sá de Belo Horizonte possuem bons motivos para rir, e para chorar! Especialmente quando ligam a TV em horário nobre. É, por que se você quiser dar boas risadas, basta observar o comercial exibido em uma grande emissora do país, onde as qualidades da “maior faculdade do Brasil” são exaltadas. A propaganda tem como protagonista um conhecido apresentador de TV, “que cá pra nós”, se tivesse um pouco mais de informação, não se prestaria ao papel de divulgar algo tão irreal!

Uma Faculdade completa, com infra-estrutura de última geração. Os laboratórios então, “nossa”, são compostos de equipamentos de ponta, e estão em pleno funcionamento. E não para por aí. Para aqueles que quiserem fazer parte desta conceituada instituição de ensino, com sede no Rio de Janeiro e filiais espalhadas por vários estados brasileiros, são ofertadas bolsas de estudo, notebooks, estágio garantido, “e até”, convites para o Axé.

E para facilitar ainda mais a vida dos futuros associados, o vestibular é extremamente facilitado, para não dizer, um mero detalhe. E tudo ocorre de forma simples, prática e eficiente. Pode? Agora você entendeu por que é para morrer de rir, não é?!

Aos fatos
Então vamos ao factual. À verdade nua e crua!
Os milhares de alunos da Estácio de Sá de Belo Horizonte, ou estão vivendo em um outro mundo, ou presenciam uma realidade “bem diferente”. A infraestrutura, não é tão boa assim. Os banheiros apresentam constantemente um mau cheiro insuportável. Os laboratórios de informática são compostos de computadores defasados, com um sistema precário e insuficiente, que quase nunca funciona. A segurança nas unidades, é zero! Qualquer um entra e sai, quando e como quiser. O atendimento na secretaria é de péssima qualidade. No setor administrativo, a sensação que se têm, é de que é composta por fantasmas. Ou está vazia, ou quem está lá não pode resolver o seu problema. Na diretoria, idem. A Estácio de Sá nem parece ser uma instituição privada. É, por que é bom lembrar que, os alunos pagam, e pagam caro, para serem “desrespeitados”. Para ficarem horas aguardando atendimento, e ouvir que, ou não poderão ser atendidos, ou que terão que retornar em outro dia. No caso dos alunos atrasarem com suas mensalidades, a negociação, “quando ocorre”, não beneficia em quase nada os estudantes. Mas a faculdade pode emitir boletos com valor duplicado, sem dar a mínima satisfação.

E se você não estiver satisfeito, tente resolver o problema no Rio, por que é esta a resposta que se ouve: “Estamos enviando sua reclamação para a sede no Rio de Janeiro”. E acaso nós, mineiros, é que temos que nos preocupar com a falta de organização apresentada pela instituição? Quanto aos benefícios oferecidos para os novos estudantes, cuidado, porque o pós vendas, não existe! Basta você se tornar aluno, para verificar que as inúmeras vagas de estágio, não existem. Que o sistema online, não funciona. Que os laboratórios de informática, estão sucateados. Que a biblioteca é defasada... Enfim, que a propaganda que fazem, é totalmente enganosa!

Mas que imagem?
Pois é. Em uma sociedade onde a imagem institucional das empresas devem ser mantidas cuidadosamente e “condizerem com a realidade”, para sobreviverem à concorrência e se estabelecerem no mercado, sugerimos que a Estácio se preocupe em manter os alunos já matriculados, valorizando-os, e lhes prestando serviço digno do valor da mensalidade cobrada.
E que, depois,“muito depois”, tentem conquistar novos alunos.
** Daniela é aluna do 6º período de Jornalismo, noite.

sábado, 16 de maio de 2009

ALUNOS CALOUROS ESTUDAM EM SALA DE AULA ESBURACADA


Uma imagem, muitas vezes, vale mais do que mil palavras. Neste caso, não foi possível ficar em silêncio

Uma cratera no meio de tudo. É o que irá encontrar quem for visitar o 1º período do curso de História, na sala Francisco Salles, no Bloco 4, da Faculdade Estácio de Sá BH (Fesbh). Inúmeros quadrados do piso em cerâmica desprendidos do chão estão a 'desmontar' um cenário destinado à construção do conhecimento acadêmico. As falhas no piso denunciam que mais uma vez a instituição também falhou.

De acordo com alunos do curso, as dimensões do 'esburacamento' vêm aumentando progressivamente desde o início das aulas, em março, e nenhuma providência foi tomada de fato, além da promessa de uma mudança futura de local, prevista para o segundo semestre de 2009. Para os estudantes, a postura da faculdade é desrespeitosa e demonstra total descaso para com eles, que mensalmente recebem faturas com o valor a ser pago pela parcela referente à semestralidade do curso.

Atrás da solução
Perplexo com a cena encontrada no local, e em solidariedade aos colegas, o MOVIMENTO ALUNOS UNIDOS(MAU) procurou a prefeitura do campus a fim de obter posicionamento sobre a questão. O responsável, José Joaquim de Lima, disse que a faculdade já estaria contratando serviço técnico especializado para sanar o problema, e se comprometeu a no próximo feriado (entre 11 e 14 de junho), reformar o espaço. Ele também disse que na segunda-feira, 18 de maio, irá se dirigir aos alunos para esclarecer a situação. Na oportunidade, o prefeito solicitou à gerência Acadêmica uma nova sala para transferir os estudantes, o que não será possível por enquanto, por não haver espaço disponível no período noturno, segundo resposta do próprio setor.

Um mínimo de bom senso
José Joaquim atribuiu as falhas no piso ao período de chuvas, em que há elevação da umidade e consequente processo de dilatação, que acaba por provocar os descolamentos das placas de cerâmica. O MAU compreende os fenômenos físicos que muitas vezes interferem negativamente nos ambientes, provocando em certos casos até mesmo prejuízos em bens pessoais, como chuvas de granizo que danificam carros ou casas, eventualmente. Mas reitera que situações como essas podem e devem ser resolvidas o quanto antes, sem procrastinação. Se não por respeito e qualidade ao serviço prestado, que seja por um mínimo de bom senso.

Vale ressaltar que a turma é composta por alunos calouros, o que agrava a inoperância da instituição. Se tais estudantes resolverem se posicionar de acordo com o dito popular que reza que "a primeira impressão é a que fica", muitos não renovarão matrícula para o semestre que vem. Como o caso de uma das alunas entrevistadas pelo MOVIMENTO ALUNOS UNIDOS, que disse se sentir tão desapontada com a instituição, ao ponto de questionar sua permanência na faculdade.

O MAU reitera que a indignação dos alunos está relacionada estritamente à estrutura física da Fesbh e suas precárias e lamentáveis condições do momento, nada tendo a ver com a qualidade do corpo docente ou estrutura curricular do curso de História, que por todos foram muito bem avaliados, por sinal.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

ALUNO PROTESTA CONTRA SUCATEAMENTO DOS LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA


Indignado, aluno veste nariz de palhaço enquanto tenta acessar (sem sucesso) à internet durante disciplina prática do curso de Jornalismo

O aluno do 7º período de jornalismo do turno da noite, Cleberton Miranda, revoltado com a inoperância dos computadores, resolveu assistir à aula caracterizado por um nariz de palhaço. Além do ornamento sugestivo, o estudante expôs em seu caderno os dizeres “sou palhaço por estudar na Estácio”. Representantes do Movimento Alunos Unidos (MAU) foram chamados ao local no momento em que o colega se preparava para o protesto.

“Não há condições de ter um mínimo de aproveitamento nesta disciplina sem o recurso básico, que é o computador e suas funções primordiais. O que estão fazendo conosco é uma falta de respeito, até mesmo do ponto de vista do Código de Defesa do Consumidor”, enfatiza Tom, como é conhecido entre os colegas.

Cinquenta e sete dias se passaram desde que o MAU se reuniu com o corpo diretor da Faculdade Estácio de Sá – BH (Fesbh), a fim de requerer posicionamento da instituição sobre a precariedade dos laboratórios de informática. Na ocasião, a diretoria garantiu a troca de TODAS AS MÁQUINAS da faculdade num período de dois meses. Infelizmente, até o fechamento desta matéria, não há o que comemorar.

Apesar da notícia dada pela coordenação do curso de Jornalismo de que novos 35 computadores já teriam chegado à Fesbh, não há o menor sinal de que a situação efetivamente será resolvida. Os problemas são vários. Desde o não acesso a um simples portal da internet, até problemas na execução de programas de áudio e vídeo, por exemplo. Os alunos reclamam da falta de acessibilidade, da baixíssima velocidade para o carregamento de páginas virtuais, além de terem de pagar por um serviço que não está sendo prestado como deveria.

terça-feira, 7 de abril de 2009

MAU COMEMORA MAIS UMA REIVINDICAÇÃO CONTEMPLADA

Fes-bh atende a apelo do MAU e 7º período de Jornalismo-noite ganha mais um orientador para disciplina de Projeto Experimental I

O então "lotado" sétimo período de Jornalismo do turno da noite já tem um novo orientador para a disciplina de Projeto Experimental I. O anúncio foi feito na noite dessa segunda-feira, 6/4/2009, pelo coordenador do curso, Marcelo Freitas. A reivindicação dos estudantes, articulada pelo Movimento Alunos Unidos (MAU), foi atendida em curto prazo, e a partir desta semana, a turma já será dividida em duas. Um grupo de alunos continuará sob orientação da professora Mírian Alves, e a outra metade será atendida pelo professor Ricardo Figueiredo.

Com mais de 50 alunos, era impossível que o sétimo período como um todo gozasse de tempo hábil para o desenvolvimento de seus trabalhos. A coordenação do curso, bem como a diretoria acadêmica, entenderam a urgência da demanda, tornando viável a disponibilização de outro professor para assumir o posto. O MAU reitera a importância da articulação de TODOS os alunos, em TODOS os períodos e cursos, no Movimento, para que as mudanças não se restrinjam apenas ao curso de Jornalismo, mas que todos possam ser contemplados com possíveis melhorias.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

MOVIMENTO ALUNOS UNIDOS GANHA APOIO DE PESO

Representante do MAU reúne-se com Ziraldo, o criador de Menino Maluquinho.
O escritor alerta os estudantes para a necessidade da leitura: “É preciso ler, ler muito”


Literatura, política e jornalismo marcaram o encontro do cartunista Ziraldo com a militante do Movimento Alunos Unidos (MAU), Lorena Campos. Durante o bate-papo na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o cartunista lembrou os tempos em que era estudante do Centro Acadêmico Afonso Pena (Caap), na Faculdade de Direito da UFMG, e incentivou o MAU, afirmando que os estudantes têm que lutar por um melhor ensino no Brasil e, principalmente, pelos ideais políticos.

Ziraldo afirmou que cabe aos movimentos estudantis uma tarefa peculiar no atual contexto: disseminar conhecimento e incentivar a leitura. “Iniciativas simples podem conduzir ao hábito da leitura. Observar o homem e escrever sobre si mesmo é uma delas”, afirmou o escritor. E completa: “É preciso entender as humanidades e, dessa forma, o interesse pela leitura flui”, disse o cartunista.

Ziraldo é autor do clássico infantil Menino Maluquinho, vencedor do Prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro. O livro também rendeu premiações internacionais, roteiro para cinema, ópera e desenho animado. Mas para quem pensa que Ziraldo encerra-se no cartum e nas habilidades literárias, engana-se. Teatrólogo, artista plástico e jornalista, o mineiro, nascido em Caratinga, refugiou-se no Rio de Janeiro e ganhou notoriedade internacional com a sua obra.

Nos anos de chumbo Ziraldo fundou, junto a outros jornalistas e escritores, um dos mais importantes veículos de resistência e de oposição ao regime militar,O Pasquim. Para Ziraldo, que chegou a ser preso no Forte de Copacabana durante a ditadura, O Pasquim foi um “importante celeiro para os humoristas pós-68”.

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